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FÍSICA E MEDICINA: QUANTO ANTES MELHOR

FÍSICA E MEDICINA: QUANTO ANTES MELHOR

Alguns ramos da ciência já incorporaram a física quântica, com excelentes resultados. Um dos primeiros sinais de que a humanidade estava despertando para a realidade do universo quântico ocorreu em 6 de agosto de 1945. A destruição causada pela bomba atómica em Hiroshima mostrou o poder da teoria quântica e abriu as portas da era atómica. Mas, pelo lado construtivo, a física quântica permitiu que se tornassem realidade alguns milagres eletrônicos que nos levaram à era da informação. As aplicações da mecânica quântica foram diretamente responsáveis pelo desenvolvimento dos televisores, dos computadores, da tomografia computadorizada, do laser, dos foguetes espaciais e do telefone celular. Mas o que a revolução quântica trouxe às ciências biomédicas em termos de avanços? Vamos listá-las em ordem de importância. Devo lembrar que é uma lista bem pequena. Embora eu enfatize a necessidade de aplicarmos os princípios da mecânica quântica à biociência, isso não quer dizer que a medicina deva simplesmente ignorar os princípios de Isaac Newton. As novas leis quânticas não contradizem ou refutam os princípios da física clássica. Os planetas ainda seguem as rotas descritas pela matemática de Newton. A diferença entre as duas concepções da física é que a mecânica quântica se aplica mais especificamente às esferas molecular e atómica enquanto as leis newtonianas exploram níveis mais altos de organização, como sistemas orgânicos, indivíduos e populações. O surgimento de uma doença como o câncer, por exemplo, pode se manifestar em nível macro quando se pode ver e sentir um tumor. No entanto, o processo que deu início a esse câncer se iniciou em nível molecular dentro das células progenitoras.

Na verdade, a maioria das disfunções biológicas (com exceção de ferimentos e trauma físico) começa em nível celular, nas moléculas e íons. Daí a necessidade de a biologia integrar os princípios newtonianos e os quânticos. Por sorte, alguns biólogos revolucionários já defendem essa união. Há 40 anos, o renomado fisiologista Albert SzentGyörgyi, ganhador do Prémio Nobel, publicou um livro chamado Introduction to a submolecular biology (Szent-Gyõrgyi, 1960) [Introdução à biologia submolecular]. O material demonstrava um esforço digno e nobre de educar a comunidade científica sobre a importância da física quântica nos sistemas biológicos. Mas, infelizmente, seus colegas consideraram o livro como um conjunto de fantasias de um homem senil e lamentaram a "perda" de um colega tão brilhante. A maioria dos biólogos ainda não reconheceu a importância do material de Gyõrgyi, mas as pesquisas sugerem que cedo ou tarde eles terão de aceitá-lo diante das evidências que surgem a todo momento, desbancando os antigos paradigmas materialistas. Lembra-se de que mencionei que os movimentos das proteínas são a base da vida? Os cientistas tentaram prever esses movimentos usando os princípios da física newtoniana, mas não obtiveram sucesso. Você já deve imaginar o motivo: em 2000, um artigo de V. Pophristic e L. Goodman publicado no periódico Nature revelou que as leis da física quântica, e não as de Newton, controlam os movimentos moleculares que geram a vida (Pophristic e Goodman, 2001). Complementando esse estudo publicado no Nature, o biofísico F. Weinhold concluiu: "Quando os livros de química servirão para ajudar ao invés de se colocarem somente como barreiras para a perspectiva da mecânica quântica sobre o funcionamento das moléculas?

Quais são as forças que fazem com que as moléculas se movimentem e adotem formatos tão complexos? Não procure as respostas em um livro de química orgânica" (Weinhold, 2001). A química orgânica oferece base mecânica para a biomedicina; mas, como observa Weinhold, esse ramo da ciência está tão defasado que seus livros sequer mencionam a mecânica quântica. Os pesquisadores da medicina convencional não compreendem os mecanismos moleculares que são a base da vida.

Centenas de estudos científicos realizados nos últimos 50 anos revelam que "forças invisíveis" do espectro eletromagnético têm grande impacto sobre o funcionamento da biologia. Essas energias englobam as microondas, as frequências de rádio, as cores visíveis, as baixas frequências, as frequências acústicas e até mesmo uma nova forma de força chamada energia escalar. Frequências e padrões específicos de radiação eletromagnética regulam o DNA, o RNA, a síntese das proteínas, alteram a função e o formato das proteínas, controlam os genes, a divisão das células, sua diferenciação, a morfogênese (processo pelo qual as células se agrupam, formando órgãos e tecidos), a secreção hormonal, o crescimento e as funções nervosas. Cada uma dessas atividades celulares tem um comportamento específico que contribui para o desenvolvimento da vida. Embora esses estudos tenham sido publicados em alguns dos periódicos biomédicos mais respeitados, suas descobertas revolucionárias ainda não foram incorporadas ao currículo das escolas de medicina (Liboff, 2004; Goodman e Blank, 2002; Sivitz, 2000; Jin et al., 2000; Blackman et al., 1993; Rosen, 1992; Blank, 1992; Tsong, 1989; Yen-Patton et al., 1988). Um importante estudo realizado há 40 anos pelo biofísico da Universidade de Oxford C. W. F. McClare calcula e compara a eficiência da transferência de informações entre sinais de energia e sinais químicos nos sistemas biológicos. Sua pesquisa, chamada "Repercussão na bioenergética", publicada em Annals of the New York Academy of Science, revela que os mecanismos de sinalização energética como as frequências eletromagnéticas são centenas de vezes mais eficazes na transmissão de informações ambientais que os sinais físicos como hormônios, neurotransmissores, fatores de crescimento etc. (McClare, 1974). Mas não é de se surpreender que os sinais de energia sejam mais eficientes.

Nas moléculas físicas, a informação a ser transportada é ligada diretamente à energia disponível de uma molécula. No entanto, a reação química empregada para transferir essa informação é acompanhada de uma grande perda de energia devido ao calor gerado pelo rompimento das ligações químicas. Como a ligação termoquímica desperdiça a maior parte da energia da molécula, a pequena quantidade que permanece limita o montante de informação que pode ser transferida como sinal. Sabemos que os organismos vivos precisam receber e interpretar os sinais do ambiente para se manter vivos. Na verdade, a sobrevivência está diretamente vinculada à velocidade e à eficiência da transferência de sinais. A velocidade dos sinais de energia eletro-magnética é de cerca de 300 quilómetros por segundo, enquanto a velocidade dos elementos químicos difusíveis é menor que 1 centímetro por segundo. Os sinais de energia são 100 vezes mais eficientes e infinitamente mais rápidos que os sinais químicos físicos.

Que tipo de sinal você acha que seu corpo, uma comunidade de trilhões de células, prefere? Faça os cálculos!

Texto extraído do livro Biologia da crença de Bruce H. Lipton – biólogo celular

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